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Os/as líderes do GRUPPHED desenvolvem 3 pesquisas aprovadas pelo Conselho Superior de Pesquisa, Ensino e Extensão – CONSEPE/UESC:

 

PROJETO DE PESQUISA: POLÍTICA, HISTÓRIA E EDUCAÇÃO: Instituições, Intelectuais e Educabilidade no processo de formação social

COORDENAÇÃO: Profª. Dra. Cíntia Borges de Almeida

Nossos projetos
 

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SOBRE O PROJETO:

O projeto de pesquisa intitulado “Política, História e Educação: Instituições, Intelectuais e Educabilidade no processo de formação social” visa contribuir com a investigação das reformas, dos projetos educacionais e suas práticas a partir da análise do discurso dos debates que circulavam nas arenas políticas, educacionais e culturais da cidade de Ilhéus e região cacaueira. Acredita-se na possibilidade de conhecer a cidade a partir da história da educação e, pelas narrativas da cidade, desvendar os processos educacionais e civilizatórios almejados para a sociedade. Nessa direção, compreender a existência de instituições de educação formal ou informal, como instâncias de sociabilidade e espaços de circulação do pensamento educacional, e, ainda, pensar as experiências, a disputa pelo pensamento pedagógico e as trajetórias de intelectuais como contribuições fecundas para mobilizar reflexões e debates em torno da constituição da História da Educação como campo epistemológico; são caminhos possíveis para a compreensão da trajetória plural da história vivida, pensada e ensinada. Considerando o momento político nacional, bem como a gravidade estrutural, em vários estados e municípios, dos embates e disputas acerca de alguns dos valores consagrados pela democracia, pelo republicanismo e por inúmeras lutas pelos direitos humanos, propõe-se o recorte de 1889 (início da República) até o ano de 1934 (período marcado pela aprovação de diferentes políticas educacionais) por considerar ter sido um contexto fomentado por importantes reformas educacionais e pelo discurso de democratização do ensino escolar. Este projeto, com entradas mais amplas, agrega em torno de si, a partir de uma perspectiva dialética, diferentes sujeitos, saberes e conhecimentos, pertencentes aos variados contextos nacional, regional e local, entre os anos republicanos, ancorados na historiografia da educação por um viés da História Cultural. Para sua realização, os usos de aportes teóricos diversificados, bem como a escolha da pesquisa documental e das fontes analisadas ocupam um papel fulcral no desenvolvimento das pesquisas no campo da História da Educação, de modo que o fazer historiográfico está diretamente relacionado com a seleção de instrumentos que auxiliam essa ação, dando suporte teórico e bibliográfico para sua execução. Elege-se, portanto, a organização, o mapeamento e o inventariado dos debates, das políticas e das legislações educacionais disseminados na imprensa, em impressos pedagógicos e literários, mas, também, em um corpus legislativo, em aulas e conferências, em representações expostas por registros iconográficos propiciados nesses suportes discursivos, analisando sua materialidade constituída. A investigação dessas fontes permite pensar as práticas educativas e os sujeitos, aqueles enaltecidos e legitimados, mas, principalmente os “invisibilizados” e “secundarizados” pela história dos grandes feitos, das grandes instituições e dos grandes heróis. Como partícipes da história, é possível problematizar os discursos construídos e suas apropriações. Como decorrência, se faz viável entender os debates e os campos em disputa que se faziam recorrentes em diferentes contextos; os intelectuais que a partir deles ganharam visibilidade e os usaram como espaço de sociabilidade e de circulação de ideias, acrescentando a atenção para os sujeitos “receptores”, aqueles que deles forjaram representações e se apropriaram de seus discursos. Para potencializar o sucesso da análise pretendida, propõe-se estabelecer diálogo com Michel de Certeau (2002) para investir na “operação historiográfica” pelo inventariado de indícios e levantamento de anúncios voltados para a formação da opinião pública; com Michel Foucault (2000) para refletir sobre “o poder do discurso” enunciado, a prática discursiva, o sujeito do discurso e heterogeneidade discursiva; com Mikhail Bakhtin (1992) para compreender “os usos da linguagem”; com Jean-François Sirinelli (2003) a partir do conceito de “sociabilidade” como caminho metodológico para se analisar os intelectuais e formadores de opinião e suas redes de circulação e pertencimento; com Roger Chartier (1990) e com o conceito de “representação” abordado pelo autor que permite entender o discurso com sentido instável, de forma não cristalizada.

Palavras-chave: História da Educação; Política e Legislação Educacional; Discursos e debates; Impressos.

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PROJETO DE PESQUISA: PELO “FIO DO NOME”: trajetórias, itinerários e sociabilidade na constituição do fazer- se docente (Bahia, Transição Império/República)

COORDENAÇÃO: Profº. Dr. Marcelo Gomes da Silva

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SOBRE O PROJETO:

O projeto de pesquisa intitulado “Pelo “fio do nome”: trajetórias, itinerários e sociabilidade na constituição do fazer-se docente (Bahia, transição Império/República)” visa analisar as atuações, as relações, os espaços e veículos de participação utilizados por professores e professoras, intelectuais baianos, inserindo-os no debate sobre o magistério e a formação do campo educacional na transição Império/República no Brasil. Para tanto, propõe-se investigar os professores (as) a partir do grupo social que representam, das relações sociais que estão imersos, das práticas políticas, das instituições às quais estão vinculados e dos espaços utilizados para materializarem suas concepções e demandas, a exemplo da imprensa. O recorte temporal se justifica pelas transformações, em termos de projetos educacionais, que estavam em efervescência no período devido à mudança de regime, que suscitou, no campo educacional, intensos debates. As análises das trajetórias dos professores (as) permitem, portanto, adentrar nesse universo e esmiuçar os enfrentamentos, as articulações políticas, os discursos e posicionamento dos intelectuais na esfera pública frente às demandas daquele contexto. A par dos debates inerentes ao uso da imprensa, foi feito um levantamento dos jornais da Bahia disponíveis na Hemeroteca Digital, onde mapeamos cerca de trinta jornais e revistas, abrangendo desde os anos de 1876 até a década de 1930. Faz-se necessário um entrecruzamento de fontes, visando abarcar a trajetória dos professores (as) que circularam por diferentes espaços. Essa operação demanda pesquisar em outras instituições de guarda documental, a exemplo do Arquivo Público do Estado da Bahia e na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, ambas as instituições localizadas em Salvador. Além do Arquivo Histórico do Município de Ilhéus. Através de um levantamento inicial, percebemos a potencialidade de pesquisa a partir de professores (as)/intelectuais. Entre eles, destacamos Abílio de César Borges (O Barão de Macaúbas), que tem seu nome relacionado à produção de livro didático; Aureliano Henrique Tosta, membro do Conselho Superior de Instrução Pública (1878); Joaquim Marcelino Borges, considerado o criador da primeira escola pública de Tabocas (Itabuna); Nelson Schaun, professor que teve estreita relação com o movimento operário no sul da Bahia; Antônio Bahia da Silva Araújo, professor e deputado; Virgílio Lemos, abolicionista, e ainda, Maria Augusta de Carvalho, Diretora do Instituto Normal da Bahia, além de inúmeras professoras que compunham a própria instituição e também aquelas que atuavam no ensino primário em Ilhéus. Buscamos dialogar com a história dos intelectuais, especificamente, o conceito de sociabilidade. Seguindo as sugestões de Sirinelli (2003), cientes da polissemia que envolve o termo intelectual, entendemos que essa concepção abarca a ideia desses sujeitos enquanto “mediadores culturais”, ao mesmo tempo em que se refere à “noção de engajamento”. Articulado à ideia de sociabilidade, os espaços pelos quais os professores circularam serão entendidos como “lugares de sociabilidade”, como destaca Ângela de Castro Gomes (1999), os lugares onde os intelectuais se organizavam, com maior ou menor formalidade, para elaborar suas ideias. A análise sobre as ações dos professores e suas trajetórias será realizada a partir da perspectiva que o historiador Giovanni Levi (1992) nos indica em relação à micro-história, e que nos permite considerar os professores para além da sua individualidade, entendidos como sujeitos sociais. Contudo, pela análise inicial do material levantado, será pelo fio do nome – operação metodológica sugerida por Ginzburg (2014) para se alcançar indícios e pistas de trajetórias, pela busca nominal, que será possível verificar a circulação dos docentes e a disseminação das suas ideias pela região baiana.

 Palavras-chave: História da Educação; Profissão Docente; Sociabilidade; Imprensa.

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PROJETO DE PESQUISA: Histórias da Educação, Racialização e Trabalho entre a escravidão e o pós-abolição no sul da Bahia

COORDENAÇÃO: Profª. Dra. Cristiane Batista da Silva Santos

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SOBRE O PROJETO:

 A história da População Negra no sul da Bahia, História da Educação e Ensino de História é o nome da linha e o tema desta pesquisa.  É possível analisar a história da região sob o prisma de experiências e categorias inseparáveis como educação, trabalho e racialização? Onde, quando e como as pessoas “não-brancas” foram citadas/representadas nesta interface na imprensa e nas fotografias? Como histórias de populações não-brancas como a família Soares Lopes podem servir de fio condutor de experiências espaço-temporal para o estudo de outras docentes negras/os? Tais questionamentos embasam a proposta desta pesquisa que é a de investigar as relações étnico-raciais revisitando sob esta ótica, a história racial regional cacaueira e desta produzir narrativas decoloniais para a sala de aula. Sob âmbito do Grupo de Pesquisa- GRUPPHED e em diálogo com um projeto finalizado no DCIE, a proposta atual atém-se às relações raciais regionais. E, em observância da excepcionalidade do contexto pandêmico, adota novas fontes e metodologias passíveis de execução com o trabalho on line partindo de fontes da APEB, BPEBA FBN, CEDOC e fotografias com acervos anteriormente digitalizados. O ineditismo da proposta se dá pela investigação conjunta de Histórias da Educação, Racialização e Trabalho dando ênfase às narrativas e trajetórias de vida e memória que vão do pós-abolição até a segunda metade do século XX (1889-1950). Objetiva-se então mapear, transcrever e apresentar como produto seja em formato de vídeos, artigos, palestras, ou conteúdos didáticos, novos sujeitos/ narrativas incluindo as representações mais recorrentes sobre educação/racialização/trabalho na imprensa sobre a região cacaueira da Bahia.

Palavras-chave: Histórias da Educação; Racialização; População Negra; Região Cacaueira da Bahia.



Os/as líderes do GRUPPHED desenvolvem 2 projetos de extensão aprovados pela Pró-Reitoria de Extensão – PROEX/UESC:

História da Educação em Debate












O Projeto de Extensão História da Educação em Debate vem sendo desenvolvido a partir de encontros de estudos, reuniões para apresentações de documentações escolares e educacionais, eventos abertos à comunidade acadêmica interna e externa, permitindo um amplo debate acerca dos problemas que a escola e outros espaços educativos enfrentam, bem como a divulgação das temáticas abordadas pelo campo da História da Educação, no sentido de pensar a nossa realidade. São convidados os/as principais pesquisadores/as do campo, atuantes nas universidades públicas, para conduzirem o debate. Tais eventos têm sido divulgados, amplamente, para os grupos de pesquisa e extensão do país, com a intenção de promover intergrupos institucionais de alunos/as e professores/as, além do diálogo e a presença constante dos/das docentes da educação básica para serem promovidas as relações necessárias entre os debates e as demandas por eles/elas sinalizados. O projeto, ainda, está articulado a outros projetos de extensão, criando redes educativas, cumprindo o propósito da interinstitucionalidade. Destaca-se a possibilidade de uma maior circulação do conhecimento proposto por fóruns de debates, divulgações de vídeos, curtas e documentários e sua viabilidade de execução devido a não necessidade da presença física dos envolvidos, podendo ser feito, exclusivamente, pelas redes sociais e ambientes virtuais, o que não envolve custo e amplia a captação de participantes de diferentes localidades. Entre nossas ações, acompanhe em nossa página as várias rodas de debates realizadas. Ainda, assista alguns depoimentos de Professores/as participantes a partir da atividade 1 Minuto de História da Educação.

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Portal do Bicentenário: Independências e História da Educação













Entende-se por Projeto um conjunto de atividades processuais contínuas, de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico. Nesta direção, atribuímos ao Projeto de Extensão Portal do Bicentenário: Independências e História da Educação uma função irrestrita a produção de vídeos relacionados às discussões sobre o Bicentenário da Independência e a História da Educação. Trata-se de uma proposta articulada a uma rede educativa denominada Portal do Bicentenário, composta por universidades, faculdades e estruturas similares, programas de pós-graduação, centros, núcleos e grupos de pesquisa, instituições de representação de pesquisadores(as) e de programas de pós-graduação, sindicatos docentes, instituições de representação de estudantes, movimentos sociais, cidadãs e cidadãos brasileiros(as) que visa produzir, editar, fazer curadoria, organizar e disponibilizar conteúdos sobre os 200 anos da Independência do Brasil e seus desdobramentos, analisados por todos os campos do conhecimento (científicos e escolares), na arte, na cultura e nos mundos do trabalho. O Público alvo do Portal do Bicentenário é constituído pelas professoras e professores e pelas alunas e alunos da educação básica brasileira, podendo, entretanto, o seu conteúdo ser de interesse, também, de docentes e discentes do ensino superior, bem como todas aquelas e todos aqueles que se interessem pelo tema. A atuação do  projeto Portal do Bicentenário: Independências e História da Educação na Universidade Estadual de Santa Cruz, visa, portanto, a produção de vídeos  contendo a análise de músicas e documentos, produções de sequências didáticas, a partir da participação de professores e alunos/as envolvidos em grupos de pesquisa de História da Educação; produção de vídeos em torno da contribuição social da História da Educação e  também sobre a possibilidade de utilizar o recurso didático das “músicas”  e fontes documentais para se alcançar análises históricas sobre o Brasil que temos e o Brasil que queremos. Acompanhem nossas ações em nossa página a partir da atividade NAS ONDAS DO PORTAL.

 

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PROJETO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: Memórias e formação de professores(as): Diálogos entre empiria, teoria e práticas pedagógicas

COORDENAÇÃO: Profº. Dr. Marcelo Gomes da Silva

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O projeto tem como objetivo analisar a construção da identidade docente a partir da relação da formação de professores/as com a memória escolar dos alunos/as dos cursos de licenciatura. Para tanto, investigará a materialidade de uma cultura escolar, a consolidação da profissão docente e de práticas e ideias pedagógicas, além da incursão no debate sobre memória e acervo escolar.  Por via das disciplinas História da Pedagogia e das Ideias Pedagógicas, História da Educação, AIBP I e III e Estágio Supervisionado I, a ação proposta será executada a partir da identificação de abordagens e fontes predominantes no processo histórico de escolarização, estreitando a relação entre teoria e prática.

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PROJETO DE ENSINO: E-book como recurso didático na formação inicial em História e Pedagogia

COORDENAÇÃO: Profª. Dra. Cristiane Batista da Silva Santos

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O projeto visa produzir um e-book com produções e adaptações didáticas de pesquisas acadêmicas sobre análises de fotografias e biografias a respeito da História do Sul da Bahia, com participação da Educação Básica e das disciplinas que envolvem os cursos de História e Pedagogia. O e-book versará sobre temas como História, memória, gênero, relações raciais a partir da decolonialdiade do discurso e da consciência histórica. Por via da Didática, do Ensino e da Metodologia da História – ambos fundamentos epistemológicos –; a ação proposta será executada por discentes e docente da UESC, a partir da organização de adaptações didáticas realizadas, estreitando a relação entre teoria e prática.

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PROJETO DE ENSINO: Historinhas da Educação no Brasil: Trajetórias da profissão docente contadas em Literatura Infantil

COORDENAÇÃO: Profª. Dra. Cíntia Borges de Almeida

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O projeto analisa os sujeitos partícipes da História da Educação envoltos às práticas pedagógicas em transformação ao longo dos quase 200 anos de educação, a partir da Lei Geral de Instrução Pública, em 1827, influenciada pelo processo de Brasil/nação independente, em prol da formação social.  Propõe que os/as discentes pensem além da história oficial contada pelos “grandes heróis”. Via análise dos relatórios provinciais localizados em acervos públicos, serão produzidos livros infantis, com histórias de professoras/es, de matizes e origens diferentes, envolvendo suas trajetórias em territórios nacionais, repensando a Independência do Brasil, sem silenciar o papel dos sujeitos na construção da nação.

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